“Quero ser muito clara sobre este assunto: armar o agressor é uma clara violação do direito internacional. É o agressor e nunca deve ser armado. Isso prejudicaria significativamente a relação entre a União Europeia e a China”, sublinhou, em conferência de imprensa, Ursula von der Leyen.
A presidente do executivo comunitário teve duas reuniões com Xi Jinping esta quinta-feira. Uma realizou-se em formato trilateral, com o presidente francês Emmanuel Macron, e a outra realizou-se em formato individual. Também se encontrou com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang.
“Enfatizei, durante as nossas conversas, que apoio firmemente o plano de paz do presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy. Também saudei alguns dos princípios que foram apresentados pela China. É assim no caso da segurança nuclear, da redução de risco e da declaração da China sobre não-aceitação de ameaças nucleares ou o uso de armas nucleares”, acrescentou von der Leyen.
Também apelou a Pequim para usar a influência para impedir o presidente russo, Vladimir Putin, de avançar com a recente ameaça de estacionar armas nucleares táticas na Bielorrússia.
“A China, sendo um membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, tem uma grande responsabilidade de usar a sua influência numa amizade construída ao longo de décadas com a Rússia. Contamos com a China para exercer também essa responsabilidade e ser muito clara nas mensagens,” referiu a presidente do executivo comunitário.
Numa conferência de imprensa anterior, o presidente francês, Emmanuel Macron, e o homólogo chinês pediram que as negociações de paz começassem o mais rápido possível, reiterando que as armas nucleares não podem ser usadas e que os ataques contra civis e infraestruturas civis, incluindo centrais nucleares, devem ser evitados a todo o custo.