Cientistas portugueses foram recrutados, ao longo de décadas, para os mais avançados centros de investigação do mundo. Os portugueses são conhecidos pela sua criatividade, gentileza, simpatia e flexibilidade, o que faz com que se integrarem facilmente em diferentes ambientes e diferentes culturas.
É isto que fez de Sillicon Valley o mais inovador centro no uso prático de pesquisa científica. Aliado ao sol, bom clima e uma grande mescla racial e cultural, onde o que importa é o conteúdo e não a aparência ou fluência, com abertura criada pelo Flower Power da década de 1970, esta região tornou-se exemplo que outros países, como a França, tentam copiar.
O Algarve tem tudo para se copiar. Excelente clima, maravilhosas praias de água morna, ótimo aeroporto internacional, hotéis, centros de convenções, tudo. Centenas de investigadores de renome, na semi-reforma, mormente europeus, vieram para cá viver em recentes anos. Outros já por cá adquiriram a segunda habitação, à espera da reforma. Adoram Portugal e querem partilhar, gratuitamente, em tempo parcial ou algumas horas por dia, a sua vasta experiência científica e empresarial. E têm contatos lá fora.
Os filhos de emigrantes portugueses que, quando pequenos ficavam nas férias com os pais na terrinha a brincar com os primos e avós, agora, já profissionais e investigadores experientes, vêm agora para o Algarve desfrutar de caminhadas, praias, desporto radical.
O teletrabalho trouxe-nos centenas, se não milhares de profissionais europeus. Vão mensalmente passar alguns dias na sede das empresas pela Europa, mas, por cá, desfrutam ainda do enoturismo, gastronomia, concertos, caminhadas. Conheço muitos aqui.
Não seria esta uma forma de trazer para Portugal a mais avançada tecnologia do mundo? Trazer cientistas, startups, inovadores, para que com a sua competência e financiamento de laboratórios, vendam, em vez de comprar patentes inovadoras? Exportar, em vez de importar high-tech?
Yes, we can, PRR e descentralizar!