No arranque da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, esta segunda-feira, em Lisboa, António Costa assumiu os compromissos de classificar 30% das áreas marinhas nacionais até 2030 e Portugal possuir a totalidade dos seus “stocks” de pesca nacional dentro dos limites biológicos sustentáveis.
Na sua intervenção, em que assumiu quatro compromissos em termos de ação, o primeiro-ministro procurou salientar a ideia de que, quando se fala de oceanos, o conhecimento científico “tem de estar no centro”.
Nesse sentido, aproveitando a centralidade atlântica dos Açores, o Governo português, de acordo com António Costa, “dará continuidade ao investimento na iniciativa Air Center, enquanto rede de colaboração científica entre países e institutos de investigação sobre áreas como o espaço, a observação da atmosfera, os oceanos, o clima e a energia”.
“E até ao final deste ano, iremos criar o gabinete da Década das Nações Unidas das Ciências do Oceano para o Desenvolvimento Sustentável”, referiu.
Outro compromisso assumido pelo líder do executivo é o de Portugal “assegurar que 100% do espaço marítimo sob soberania ou jurisdição portuguesa seja avaliado em bom estado ambiental”.
“E, até 2030, classificar 30% das áreas marinhas nacionais”, completou.
Ainda este ano, segundo António Costa, foi dado um passo nesse sentido ao ser aumentada “em 27 vezes o tamanho da Reserva Natural das Ilhas Selvagens, tornando-a na maior área marinha protegida do Atlântico Norte”.
“Por outro lado, na segurança alimentar, queremos transformar a pesca nacional num dos setores mais sustentáveis e de baixo impacto a nível mundial, mantendo 100% dos stocks dentro dos limites biológicos sustentáveis”, frisou o primeiro-ministro.