No próximo dia 24 de janeiro de 2021, realizar-se-á a primeira volta das Eleições Presidenciais em Portugal. Teremos então a oportunidade de optar por um dos candidatos em causa para o lugar de Supremo Magistrado da Nação. Pela minha parte, sem qualquer dúvida, votarei em Marcelo Rebelo de Sousa.
Conheço-o há muitos anos. Aprecio a sua cultura, a sua disponibilidade, a sua argúcia, a sua capacidade para analisar os fenómenos sociais e políticos e, sobretudo, a sua simpatia natural. A forma como ele se soube relacionar com todos os portugueses, sem artificialismos, nos momentos bons e maus, sem discriminar pobres ou ricos, foi verdadeiramente exemplar.
Não esqueço igualmente que Marcelo conseguiu também estar presente, como nunca, junto dos portugueses residentes no estrangeiro. A descentralização das comemorações do Dia de Portugal junto das nossas Comunidades fez com que esse momento passasse a ter uma solenidade diferente, também em lugares como Paris, São Paulo, Rio de Janeiro ou Newark, entre muitos outros.
Marcelo soube assim afirmar-se como o amigo disponível e sempre pronto para nos ouvir num momento de maior necessidade.
Porém, o seu papel não se limitou apenas a estes aspetos mais humanos… Ele soube também ser o elemento equilibrador e fazedor de pontes entre as diversas forças políticas, não hesitando em vetar variadíssimas leis, que, de alguma forma, resvalavam para soluções menos adequadas ou mais criticáveis.
Foi assim o Presidente interventivo, equilibrador e presente que nos prometeu que iria ser.
Conheço mais ou menos a generalidade dos outros diversos candidatos, que se posicionam nesta corrida para Belém. Claro que todos têm virtudes e defeitos e sei bem que Marcelo também os tem. Porém, não tenho quaisquer dúvidas das enormes vantagens de Marcelo Rebelo de Sousa.
E a verdade é que a delicadeza do momento que estamos a atravessar nos impõe uma escolha muito ponderada e inclusiva.
Nem quero imaginar o que seria do nosso País se viéssemos a ter um Presidente que não fosse capaz de aproximar mais os portugueses uns dos outros e de criar grandes consensos. Com radicalismos, com inconsistência ideológica ou com insensatez política teríamos aberto o caminho para o desastre, num momento particularmente dramático.
Saibamos assim ser dignos de uma escolha consentânea com o interesse de Portugal e dos portugueses, sem esquecer ninguém, a começar pelos mais humildes.
Viseu, 9 de Dezembro de 2020
José Cesário
Deputado por Fora da Europa